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sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Experimentando

Olá a todos!

Durante os últimos dias eu andei experimentando vários sistemas Unix, pois enjoei do Linux e quero utilizar um sistema que seja Unix de verdade, pois todos sabem que "GNU is not Unix". Vou descrever as minha impressões sobre cada um dos que eu testei. Todos os sistemas foram testados em máquinas virtuais (VirtualBox) primeiro para depois serem testados no meu notebook.

OpenSolaris:

O OpenSolaris é um descendente do Unix System V4 desenvolvido pela Sun e AT&T no final dos anos 80. Hoje é distribuído pela Oracle e está na sua versão 11.1. Minha experiência com ele não foi muito legal, porque na vm já ficou muito lento. A instalação foi tranquila e relativamente rápida. No primeiro boot já vi uma certa lentidão para carregar os serviços (possivelmente por se tratar de máquina virtual). Devido à lentidão eu não tive muita paciência para fazer as configurações básicas de utilização como desktop e acabei abortando a sua utilização.

OpenIndiana:

Depois da minha frustrada tentativa de utilizar o OpenSolaris, eu fui testar o OpenIndiana que é um fork do sistema da Oracle. O OpenIndiana tem duas versões, server e desktop, e foi muito mais amigável do que o OpenSolaris. A instalação foi tranquila e rápida, e apenas o primeiro boot demorou um pouquinho. O gerenciador de janelas utilizado é o Gnome, que ficou muito bonito no sistema. O sistema possui gerenciadores de pacotes e atualizações no melhor estilo dos outros Unix-like da família GNU/Linux. 

O que me deixou chateado foi o fato de que os pacotes oferecidos nos repositórios (que podem ser do próprio projeto ou do OpenSolaris) serem muito antigos (por exemplo não há a opção de instalação do LibreOffice, apenas do OpenOffice) e  de não estar preparado para computadores utilizados no Brasil (dificuldades com teclado).Por esses fatores eu nem tentei testar o sistema no meu notebook, pois estou buscando um sistema para utilizar no meu dia a dia, e não posso ficar correndo atrás desses probleminhas com teclados, etc. Mas sugiro que caso haja interesse de alguém, que vá além e mande para mim suas experiências para que eu possa atualizar as informações e publicá-las no blog.

PC-BSD:

Fiquei surpreso ao descobrir que havia um projeto que nasceu em 2005 para tornar o FreeBSD mais amigável a ponto de rodar em desktops com todas as comodidades que os sistemas da família GNU/Linux oferecem hoje. Me empolguei de verdade, e fui visitar o site. Achei muito bacana a iniciativa, e o que é muito legal é que o projeto acompanha os releases do FreeBSD, que agora está na versão 9.0 e por isso o release do PC-BSD também está na 9.0.

Quem baixar apenas a imagem de CD, terá o gerenciador de janelas LXDE, que na minha opinião é muito pobre apesar de ser bem leve. Quem baixar a imagem de DVD, terá opções de instalação mais completas como até a possibildiade de instalar o FreeBSD ao invés do PC-BSD. poderá também escolher entre vários desktops como Gnome, KDE, LXDE, XFCE, etc.

Dependendo dos pacotes selecionados, a instalação vai demorar um bocado e no meu caso levou pelo menos umas 2 horas e meia. Mas é bem bacana. na máquina virtual rodou sem problema algum, nos repositórios do gerenciador de pacotes (AppCafe) tem até os adicionais para guest systems do VirtualBox.

Depois de testar na máquina virtual, decidi testar no meu notebook. O processo foi o mesmo, a instalação demorou novamente, mas reconheceu praticamente todo o meu hardware inclusive a placa de vídeo ATI. Só que depois de algum tempo de uso, dava algum pau no driver da placa que fazia desligar o sistema. Infelizmente não é possível utilizar driver VESA e configurar a minha resolução (1280x800). Mas tirando isso e a falta de cuidados com a aparência do sistema, é um bom sistema Unix para desktops.

GhostBSD:

"Gnome meets BSD" é o lema do projeto que nasceu em 2010 que tem o mesmo objetivo do PC-BSD com a diferença de focar na integração do FreeBSD com o Gnome. Baixei o DVD e executei na máquina virtual. Assim como o Ubuntu, o sistema é live com a opção de instalação depois de carregado. Também possui um gerenciador de pacotes e atualizações, instalei os adicionais do VirtualBox, contudo não tem um gerenciador de rede do sistema, e utilizar o network-manager do Gnome não surtiu efeito então tudo eve de ser configurado na mão mesmo.

Quando à aparência nem tenho o que falar. O sistema é muito bonito, caprichado com belos wallpapers e esquema de cores para os ícones. Decidi que era hora de testar no notebook. Infelizmente o sistema não subiu no meu note com o Gnome, e baixei a imagem para pen drive com LXDE. Consegui fazer a instalação mas não queria utilizar essa interface mas sim o Gnome. 

Estava baixando o meu gerenciador de janelas favorito quando deu pau na placa de vídeo como no PC-BSD e o sistema foi resligado. Reiniciei, continuei a instalação e o sistema desligou de novo. Tentei mais umas duas vezes até que a instalação do Gnome foi concluída. instalei também o GDM mas foi inútil configurá-lo para iniciar com o sistema pois não subia.Acabei desistindo por hora do GhostBSD.

FreeBSD:

Hoje eu acordei inspirado e resolvi instalar de vez o FreeBSD. Colhi antes algumas informações na Internet de como se configurava a conexão wireless em modo texto no "Friba" e de como fazia a instalação do Xorg, Gnome e GDM e fui à luta. A instalação do sistema durou 20 minutos no máximo, e então fui instalar a parte gráfica. Demorou pelo menos 1 hora e alguns minutos para instalar o Gnome, mas a vantagem é que diferente de outros sistemas, podemos instalar outros pacotes simultaneamente através do pkg_add.

Depois de umas 2 horas no máximo eu estava com o FreeBSD com Gnome funcionando tranquilamente no meu notebook, e é através dele que vos escrevo agora. Agora vou correr atrás de fazer funcionar a saída HDMI e descobrir como aumento o som¹ que está muito baixo mesmo com o nível no máximo.

Abraços e até a próxima!!!

1 - Consegui resolver a questão do som com o comando "mixer pcm 100".

2 comentários:

  1. Excelente descritivo, me fez desistir do Unix. KKK, obrigado pelo tempo destinado à confecção do texto.

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    1. É uma questão de paciência e vontade. Os projetos já evoluíram, já estão compatíveis com mais hardwares diferentes e quem sabe a sua experiência com eles seja mais satisfatória.

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